Que me desculpe a classe, trabalhadora e, por vezes, alvo da ira, das brincadeiras sem graça e da chatice dos clientes cozidos. Mas vocês só podem estar de brincadeira sobre essa história dos 20%. Só podem. É como se legalizassem uma espécie de extorsão.
Tinham que acabar com essa palhaçada e com a dos 10% também. Seria muito, mas muito mais fácil realizar campanhas de marketing que incentivassem a gorjeta, caso o atendimento realmente merecesse. Porque vou pagar 20 reais (numa conta ilusória e irreal) de R$ 100 se fui mal atendido? E olha que é muito mais fácil ser mal atendido em locais em que se gastaria R$ 100 do que no pastel com pingado no “China”.
Os patrões vão alegar o que para esses 20%? Dificuldade do seu comércio, que cobra R$ 4 por um refrigerante? Ou R$ 18 por um hamburger (hein, Madero). A verdade é que esta tudo uma grande zona. Povo faz o que quer e por falta de opções, o POVÃO arca com esse prejuízo.
Cinema é coisa de rico
Você consegue imaginar pobre indo ao cinema com a família? Impossível né? Ah, tudo bem, domingo tem a tarifa social de ônibus. Cada um paga R$ 1 apenas para andar na Serpente Rubra (e, se esperto for, esmaga as duas crianças de 10 anos na mesma roletada e economiza mais um pila). O Cinema ta quanto mesmo? R$ 22 , R$ 20. Eu, mais a minha veia, os dois bacuris (que ADORAM pipoca), um pacotinho custa R$ 2 no cinema certo? ERRADO, custa R$ 10. Mais um refrizinho, que custa R$ 1,50 certo? ERRADO, custa R$ 4.
Faça as contas aí bacana. Aí o governo fala do Vale Cultura, que daria um “brinde” de R$ 50 para o trabalhador gastar com cultura. Um livro bom, de lançamento, custa uns R$ 40. O cineminha com a família? Sem chances caboclo. Só se for sozinho com a patroa, sem comer pipoca.
O Brasil ta virando um país de rico, onde só vivem pobres.
Sei lá... to ficando preocupado com o rumo das coisas.
23 março 2010
18 março 2010
Um dia "a casa" CAI
Um monte de gente gosta de deferir seus venenos contra à Gazeta do Povo e ao grupo RPC. A RPC e a Gazeta são vidraças e estão no alvo de toda a ira deste mesmo povo, quando lhes convém. A RPC é a empresa que precisa dizer as verdades e que não pode falhar. Se falha (muitas vezes nas interpretações individuais de cada um) acontece uma tempestade.
Eu, que lido (escrevo, edito, etc) diariamente sobre a maior religião do mundo (o futebol) nesta mesma Gazeta do Povo, sei melhor do que ninguém o que isso significa. Somos "acusados" (como se isso fosse um crime) de atleticanos por coxas, de coxas por atleticanos e de anti-paranistas por paranistas. O dia todo. Em todas as matérias. Não há como agradar aos gregos e curitibanos.
Mas voltando ao tema. Quem é minimamente informado já ficou sabendo da série Diários Secretos publicada pela Gazeta do Povo. Se você não ficou, por favor. Tome vergonha na cara. Ficou ofendido por eu ter dito isso? Tomara que sim. Talvez a partir de agora, sendo tratado dessa forma, você tome essa vergonha e pare de olhar apenas para esse seu umbigo fétido e passe a considerar que o mundo a sulta volta gira independente da sua vontade. E para participar dessa bricandeira, você tem que saber do que se trata.
A série Diários Secretos é, talvez, uma das maiores reportagens investigativas da história da imprensa brasileira (sim, não só paranaense). O trabalho de Karlos Kohlbach (meu amigo pessoal, de quem me orgulho um bocado), James Alberti (meu colega de pós graduação), Gabriel Tabatcheik (meu calouro na faculdade) e Kátia Brembatti feito ao longo de dois anos revela as maracutaias da Assembléia Legislativa do Paraná. Uma série de funcionários fantasmas, laranjas e corruptos.
É uma das maiores devassas da história da política paranaense. Reportagem digna de prêmio. Se não fosse pelo primor do texto (o que não é o caso, afinal esta muito bem escrita), mereceria pelas revelações que traz.
Em dois dias, revelou um esquema de desvio de verbas absurdo e aguardem, pois muita coisa ainda vai vir à tona e tem gente de paletó e gravada SE CAGANDO de medo.
Espero que um dia mostrem esse material nas faculdades de jornalismo, pois trata-se de uma aula da essencia do jornalismo, ou seja, mostrar a verdade que tanto os políticos de carreira ou chefões dos bastidores tentam ocultar.
Acompanhem em www.gazetadopovo.com.br e www.rpctv.com.br. Não deixe para depois.
ps...
É para acabar com esse tipo de prática, essa falcatrua, que pensamos em 2012 como o ano do início da virada. Pena que ele demora tanto tempo para chegar. Se você sonha com esse mundo melhor, sonhe com a gente.
Eu, que lido (escrevo, edito, etc) diariamente sobre a maior religião do mundo (o futebol) nesta mesma Gazeta do Povo, sei melhor do que ninguém o que isso significa. Somos "acusados" (como se isso fosse um crime) de atleticanos por coxas, de coxas por atleticanos e de anti-paranistas por paranistas. O dia todo. Em todas as matérias. Não há como agradar aos gregos e curitibanos.
Mas voltando ao tema. Quem é minimamente informado já ficou sabendo da série Diários Secretos publicada pela Gazeta do Povo. Se você não ficou, por favor. Tome vergonha na cara. Ficou ofendido por eu ter dito isso? Tomara que sim. Talvez a partir de agora, sendo tratado dessa forma, você tome essa vergonha e pare de olhar apenas para esse seu umbigo fétido e passe a considerar que o mundo a sulta volta gira independente da sua vontade. E para participar dessa bricandeira, você tem que saber do que se trata.
A série Diários Secretos é, talvez, uma das maiores reportagens investigativas da história da imprensa brasileira (sim, não só paranaense). O trabalho de Karlos Kohlbach (meu amigo pessoal, de quem me orgulho um bocado), James Alberti (meu colega de pós graduação), Gabriel Tabatcheik (meu calouro na faculdade) e Kátia Brembatti feito ao longo de dois anos revela as maracutaias da Assembléia Legislativa do Paraná. Uma série de funcionários fantasmas, laranjas e corruptos.
É uma das maiores devassas da história da política paranaense. Reportagem digna de prêmio. Se não fosse pelo primor do texto (o que não é o caso, afinal esta muito bem escrita), mereceria pelas revelações que traz.
Em dois dias, revelou um esquema de desvio de verbas absurdo e aguardem, pois muita coisa ainda vai vir à tona e tem gente de paletó e gravada SE CAGANDO de medo.
Espero que um dia mostrem esse material nas faculdades de jornalismo, pois trata-se de uma aula da essencia do jornalismo, ou seja, mostrar a verdade que tanto os políticos de carreira ou chefões dos bastidores tentam ocultar.
Acompanhem em www.gazetadopovo.com.br e www.rpctv.com.br. Não deixe para depois.
ps...
É para acabar com esse tipo de prática, essa falcatrua, que pensamos em 2012 como o ano do início da virada. Pena que ele demora tanto tempo para chegar. Se você sonha com esse mundo melhor, sonhe com a gente.
02 março 2010
Em busca da minha paz...
O meu amigo LG, nobre co-autor do meu outro blog, Diário Leite Quente, é especialista em participar de blogs. Lendo um de seus textos no Diga-me Quem te Informa resolvi repercuti-lo.
Lá, no mencionado texto, ele cita uma campanha pela Paz no Rio de Janeiro feita em 1995. De lá para cá, dando um auxílio aos inimigos da calculadora, já se passaram quase 15 anos. E em 15 anos muita coisa já deveria ter mudado. Há 15 anos, eu estava no auge da minha prá-adolescência (se é que ela existe). Jogava bola até tarde na cancha lá perto de casa, ao mesmo tempo que brincava de 31 (esconde-esconde para os piás de prédio) e pé na bola (também de alerta, quando as meninas insistiam).
Tentando driblar os assobios (assovios) do meu pai chamando para entrar para casa, por volta das 22h, entre uma investida ou outra nas amiguinhas da rua, eu mergulhava na paz que era o conjunto Solar, no Bacacheri. Um loteamento do BNH, que em 30 anos virou bairro nobre. Bairro nobre em que já não há tanta paz como outrora. A mesma pas que se pedia lá em 1995, ou em 1945, 85, e outros cincos lá para trás.
Se durante todo esse tempo a pedida paz não se tornou uma realidade (talve nunca se tornará) porque insistimos em pedi-la? Porque acreditar em algo que nos parece tão impossível?
Meu pai me disse certa vez que devemos nos permitir se indignar sempre. Essa indignação é que diferencia os homens dos animais. Se revoltar com o que esta errado é uma virtude. Não virar o rosto quando vê uam injustiça, não se calar diante da desiguladade (seja ela social, racial, etc), não se omitir. É bom, claro, não se deixar levar pela indignação pura, sem fundamento. Mas nunca deixar de se indignar, como dizia meu sábio pai.
A questão, na verdade, é porque não existe paz, se tdos a querem e tanto a procuram? Simplesmente porque a paz, embora não precisasse (na sua essência) deixa margens para diferentes intrepretações. A minha paz, nem sempre é igual a sua. Aliás, talvez eu nem saiba qual é essa minha paz. Talvez seja uma casinha, um carrinho, morar com minha patroa e os frutos que certamente virão, apertando as contas noa fim do mês para o orçamento fechar, mas sem abrir mão da carninha assada no fim de semana.
Ou não... Talvez seja muito mais que isso. Talvez nossa missão seja muito maior do que imaginamos que seria. Quem me provará isso? Nem eu sei. Mas a diferença é que me permito seguir o caminho que vier. Meu coração sempre me leva onde quer. Eu não questiono e vivo a intensidade da vida que me foi desenhada por mim mesmo.
Sempre em busca da minha paz, sem que para isso precise influenciar direto na paz do meu semelhante.
Lá, no mencionado texto, ele cita uma campanha pela Paz no Rio de Janeiro feita em 1995. De lá para cá, dando um auxílio aos inimigos da calculadora, já se passaram quase 15 anos. E em 15 anos muita coisa já deveria ter mudado. Há 15 anos, eu estava no auge da minha prá-adolescência (se é que ela existe). Jogava bola até tarde na cancha lá perto de casa, ao mesmo tempo que brincava de 31 (esconde-esconde para os piás de prédio) e pé na bola (também de alerta, quando as meninas insistiam).
Tentando driblar os assobios (assovios) do meu pai chamando para entrar para casa, por volta das 22h, entre uma investida ou outra nas amiguinhas da rua, eu mergulhava na paz que era o conjunto Solar, no Bacacheri. Um loteamento do BNH, que em 30 anos virou bairro nobre. Bairro nobre em que já não há tanta paz como outrora. A mesma pas que se pedia lá em 1995, ou em 1945, 85, e outros cincos lá para trás.
Se durante todo esse tempo a pedida paz não se tornou uma realidade (talve nunca se tornará) porque insistimos em pedi-la? Porque acreditar em algo que nos parece tão impossível?
Meu pai me disse certa vez que devemos nos permitir se indignar sempre. Essa indignação é que diferencia os homens dos animais. Se revoltar com o que esta errado é uma virtude. Não virar o rosto quando vê uam injustiça, não se calar diante da desiguladade (seja ela social, racial, etc), não se omitir. É bom, claro, não se deixar levar pela indignação pura, sem fundamento. Mas nunca deixar de se indignar, como dizia meu sábio pai.
A questão, na verdade, é porque não existe paz, se tdos a querem e tanto a procuram? Simplesmente porque a paz, embora não precisasse (na sua essência) deixa margens para diferentes intrepretações. A minha paz, nem sempre é igual a sua. Aliás, talvez eu nem saiba qual é essa minha paz. Talvez seja uma casinha, um carrinho, morar com minha patroa e os frutos que certamente virão, apertando as contas noa fim do mês para o orçamento fechar, mas sem abrir mão da carninha assada no fim de semana.
Ou não... Talvez seja muito mais que isso. Talvez nossa missão seja muito maior do que imaginamos que seria. Quem me provará isso? Nem eu sei. Mas a diferença é que me permito seguir o caminho que vier. Meu coração sempre me leva onde quer. Eu não questiono e vivo a intensidade da vida que me foi desenhada por mim mesmo.
Sempre em busca da minha paz, sem que para isso precise influenciar direto na paz do meu semelhante.
Assinar:
Postagens (Atom)