25 junho 2009

diva caymmi...

Sou um cara esquisito. Confesso, sem muita vergonha. Já disse aqui, por vezes, que uma das minhas qualidades (daquelas que você consegue exaltar de si próprio) é o gosto musical eclético. Uma olhadela rápida ali nos arquivos mostra que já falei aqui sobre os mais variados estilos, desde o sempre presente sertanejo, do caipira, do rock, do pop, da MP, da bossa nova, do samba.

E não falei deles por querer manter um rótulo de "cara com a mente aberta". Falo porque gosto, porque escuto mesmo. Por que no meu porta cds e nos meus arquivos (cabe ressaltar que tenho um arquivo herdado da falecida rádio Independência, então calculem o tanto de músicas) todos os estilos. Não sei o que seria da minha vida sem música.

Me acompanha desde que acordo, até a hora em que vou dormir. No carro, em casa, até no banheiro (graças a um mimo importado dado por mamãe. O rádio vai até para o banho comigo). Enfim... eu sou musical.

Posto abaixo, para deleite daqueles "mentes abertas" que também gostam de música, o vídeo com a apresentação da diva Nana Caymmi, no especial "Elas Cantam Roberto". Coisa linda... de se emocionar. Ela foi a melhor canção composta por Dorival Caymmi.


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19 junho 2009

jornalistas...

Desculpem-me. Eu sei que cada um tem os seus problemas, mas sinceramente é um absurdo revogarem a obrigatoriedade do diploma para a profissão de jornalista. É evidente que tem gente que sabe escrever sem precisar ir para a faculdade, mas é ridículo OFICIALIZAR a banalização do profissional de comunicação. A troco de que inventaram essa agora?

Só passa pela minha cabeça privilegiar parentes e amigos de políticos... oficializar o abuso dos baixos salários. Agora vão inventar de pagar 500 reais para um cara escrever no lugar de um jornalista devidamente diplomado, por uma jornada de trabalho bem superior a antiga.

Não é fácil lidar com a responsabilidade de formar opiniões meus amigos e sei que isso não se aprende na faculdade. Mas deixar de exigir o diploma é uma afronta à essa classe que tanto contribuiu para que o país deixase de ser um mar de corrupão.

Uma classe marginalizada. Que é espizinhada se publica uma nota errada, com uma vírugula errada ou com um acento faltando. Mas que quando desmonta uma tramóia, revela uma corrupção e aponta escândalos, nunca é lembrado. Que jornalista teve fama e reconhecimento por seus feitos. Muito poucos ou quase nada.

Agora, nem classe é. Nem profissão é. Qualquer um pode ser jornalista, mas poucos são ou serão JORNALISTAS.

15 junho 2009

até quando???

Há 27 anos frequento o litoral paranaense. Como bom bairrista que sou, sempre defendi as "coisas do Paraná" acima de tudo. Tenho orgulho do meu estado (da minha cidade) e me dói quando alguém fala mal de um deles. Apesar de conhecer de perto as belezes do litoral vizinho (Santa Catarina), não abro mão das nossas praias. Por "n" fatores (inclusive o financeiro, é claro).

Durante pelo menos 17 destes 27 anos (tempo em que já tinha o discernimento das coisas) percebo o completo e total descaso de todos os poderes com o nosso litoral. Vi inúmeros políticos se elegerem as custas de prometidas reformas e revitalizações que nunca aconteceram. Vi milheres de toneladas de areia (que representam outros milhões de REAIS) serem literalmente despejados no mar para as famosas engordas, que no final das contas nunca adiantaram "lhufas".

Já debati sobre várias idéias com parentes e amigos, tentando buscar uma solução para as constantes ressacas e praias diminutas de matinhos. Desde a construção de barreiras de concreto para quebrar as ondas, engordamento radical da praia, até a destruição de todos os imóveis da orla, muitos construídos ilegalmente, em áreas onde não seria permitido construções.

Da mesma forma e com a mesma intensidade, vi diversas propostas para transformar nosso litoral em algo atrativo fora de temporada. Eventos, feiras, shows. Vida fora da temporada. É possível e todos nós sabemos, mas interessa aos "peixões"? Até quando dividiremos espaço nas águas de Matinhos com os clorifórmios fecais? Com o lixo? com pedras, paus e pedaços de arames das barreiras de contenção se enroscando nos seus pés?

Cansei de ver o mar invadindo o calçadão de Matinhos. Cansei de ver o vandalismo de um povo pequeno, que quando o mar não destrói, se encarrega de fazê-lo. Cansei de ver os governantes de matinhos privilegiando os mais ricos, deixando a orla de Caiobá mais bonita, esquecendo os pobres do Sertãozinho, do Tabuleiro e da Matinhos dos pescadores. Cansei e diante dessas imagens, pergunto...

ATÉ QUANDO?

09 junho 2009

curtinhas...

- Como permitem uma loja do tamanho da Marisa, no centro de Curitiba, não ter banheiros para clientes. Pior. PErguntei para a atendente: "Vocês tem banheiros?" Ela respondeu: "Só para funcionários". Repliquei: "Ah tá, eu não faço xixi?" Ela respondeu: ".....", me olhando com cara de tacho. Isso é o cúmulo. Todo tipo de comércio, serviços, deveria ser obrigado a ter o mínimo de infraestrutura. Deu vontade de ir a um provador e mijar no cantinho... vou te contar, viu?

- Cena do trânsito curitibano, que caminha a passos largos para o caos. As mulheres, não sei porque (oh Deus, me explique porque) não dão a vez no trânsito. São capazes de acelerar, só para não ser gentil. Nunca vi. Hoje, na XV, uma mulher tentava pedir para uma senhora esperar que uma Kombi da sua loja tentava sair. A motorista olhava para o horizonte, fingindo não perceber. A moça fez gestos, assobiou e por fim gritou. A dona virou para ela com uma cara de raiva e acelerou, fechando o último espaço existente na rua.

Ah... a comerciante não teve dúvidas e com toda a boa educação que recebeu, disparou: "Oh sua feia!!!". Eu me parti de rir, arrancando risos do motorista da referida Kombi. A dona saiu cantando os oneus e quase morreu com o carro, afinal, machismo à parte, mulher não sabe cantar pneu (hehehe).

01 junho 2009

o REI é FODA...

Mesmo estando com as juntas doendo (coisa de velho, eu sei), não posso deixar de escrever nesse momento de pura emoção. Com todos os pelos arrepiados, escrevo esse texto para reverenciar, mais do que nunca, o nome de Roberto Carlos como o REI da música brasileira.

Há pouco a Globo passou parte do especial "Elas cantam Roberto". Para mim, foi um turbilhão de emoções. Não estou exagerando... desde a primeira nota cantata por Ivete Sangalo, passando pela EXTRAORDINÁRIA Nana Caymmi, a maravilhosa Alcione e muitas outras cantoras brasileiras, até o desfecho engraçadissimo do Rei cantando com todas elas, não desgrudei os olhos da TV.

A interpretação de Marília Pêra da música 110km, 120km, 200km/h. foi qualquer coisa de épico. Ela, com uma voz esganiçada, se emocionou na interpretação e nos emocionou da mesma forma. Incrível.

Foi um raro momento de beleza (em todos os sentidos) da TV. Para mim, para ficar na história. Se lançarem em DVD, eu compro (ou aceito presente, beleza?). FOi emocionante... e para mim, uma espécie de "esquenta" para setembro. Neste mês, o REI estará aqui em Curitiba e não perderei esse show por NADA no mundo.

Após um momente histérico de tiete, me despeço de vocês

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