18 agosto 2006

o bom e velho HE

Caramba... eu adoro o Horário Eleitoral. Tá certo que eu prefiro quando eles são candidatos a câmara municipal, mas os candidatos a deputados não ficam atrás em termos de bizarrices. Vamos ver por onde eu começo.

As figuras

De folga na labuta diária estava eu sozinho em casa. Após meu almoço improvisado, num pão com margarina e salame velho e seco que estava na geladeira, assisti ao primeiro horário político televisionado do dia (como se não bastasse eu ainda vi a reprise do horário noturno). Analisando as “figuras” gostaria de destacar dois momentos.

O primeiro é a “qualidade” da propaganda do PRTB (Partido Renovador Trabalhista Brasileiro). O partido, que já teve o ex-presidente Fernando Collor de Mello como seu presidente e o lendário Jamil “Chega dos Mesmos” Nakad como candidato à prefeitura de Curitiba (nestas eleições nosso querido Jamil “Rico-faz-xixi-de-graça-no-aeroporto-e-pobre-tem-que-pagar-na-rodiviária” Nakad é um dos candidatos do Partido Verde a deputado) abusa do amadorismo.

Os rostos dos candidatos são apresentados em seqüência com seus nomes e números na tela num tempo de aproximadamente três ou quatro segundos. O divertido é que não são imagens estáticas (fotos) dos postulantes a uma vaga na Assembléia e/ou Câmara, mas sim imagens em vídeo. Para entender melhor, eu ligo a câmera e falo para você: “Faz cara de paisagem aí fulano”.

Por três ou quatro segundos você aparece na telinha. Pisca, sorri, mexe a cabeça, abre a boca. Uma piada. Um deles, que me lembro agora, é o candidato a deputado federal chamado Menino. Ele aparece com a boca aberta, mas de repente fecha como se alguém desse a ordem e faz cara de paisagem. Hilário. Como se só isso não bastasse, eles conseguem alternar essas imagens posadas em vídeo com fotos (estáticas) de qualidade duvidosa (muitas em preto e branco).

xxx

Já o segundo momento que eu destaco é sobre um candidato (o único, se não me engano) a deputado federal pelo Prona (Partido da Reedificação da Ordem Nacional). O sujeito de chama Felinto e já apareceu nas propagandas ao lado do folclórico Enéas Carneiro, presidente do partido, que sem barba conseguiu ficar ainda mais estranho do que já era.

Além de fazer uma curiosa relação entre os políticos que não defendem os interesses do país com os jogadores da seleção na Copa 2006 (que eles não teriam sido patriotas e honrado a camisa) ele encerra a sua participação de maneira inusitada.

Ao fundo fala-se algo como: “Vote em Felinto, vote 56. Cinco e seis”. Na tela podemos ver Felinto com os braços esticados e mostrando com os dedos o número do seu partido. Como poderia, já que até me provem o contrário temos cinco dedos em cada mão? Simples. Não é que colocaram um “sexto” dedo na mão esquerda do caboclo?

Eu morro e, certamente, não vejo tudo...

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Um comentário:

Anônimo disse...

Dudu... Essa montagem do sexto dedo foi algo que eu também me admirei. Não apenas pelo fato da montagem, mas sim porque nunca pensei que isso pudesse acontecer. Realmente a criatividade não tem limite. Outra coisa que parece não ter limites é a paciência da população...