19 outubro 2009

simprão assim...

As coisas simples da vida tem um valor inigualável. As vezes nos preocupamos com coisas sem a mínima importância e quando nos damos conta do quão superficiais e materialistas nos tornamos, ruborizamos de vergonha.

Passei um domingo agradável demais em Campo Largo, quase Campo Magro, quase Bateias, por pouco Balsa Nova. Lá, no meio de morros e "montanha", minha tia Neli tem um sítio, que para mim é uma chácara e bem podia ser uma fazenda. Pode não ser tudo isso, mas certamente é uma casa no campo. Igual aquela da música cantada pela Elis.

A tia Neli é irmã do meu pai. Gente boníssima, carinhosa e extremamente trabalhora e guerreira. Ela e o marido, o Maurício, sempre moraram em Santa Felicidade, mas desde que me conheço por gente eles tem uma chácara. Tiveram uma em Piraquara, outra em Quatro Barras e agora essa. Pais do inteligentíssimo Gil, do gêniozinho Alexandre e da exuberante e querida Juliana.

Na sexta foi aniversário da tia Neli e ontem fomos na sua casa de campo para comemorar. Um bom barreado, um saboroso pudim de leite e uma variedade enorme de licores (degustados pela minha muié, pois não sou de beber), todos feitos com frutas plantadas ali mesmo, sem nada artificial. Gente boa, que há muito não via, gente alegre e faladeira. Almoço feliz, corrida triste (porra Rubinho, uma hora até eu desisto de você) e cochilada padrão estirado sob a sombra de uma árvore, no colo da minha nêga.

Depois disso, alimentar as vaquinhas do local (eu parecia um retardado, pois não dava de comer para uma vaca faz um bom tempo), colher os últimos limões (já meio secos) e ameixas (que insistem em chamar de nésperas. Eu me nego, para mim é ameixa. Assim como mortANdela é mortANdela).

Na despedida, já no cair da tarde (que demorou a virar noite graças ao horário de verão), abraçops calorosos e um pudim de leite para viagem (pedido especial deste gordo que vos fala. O pudim da minha tia é sacanagem. Feito com ovo caipira e cozido no forno a lenha). Nem a estrara esburacada (que me tirou a paciencia na vinda) foi capaz de tirá-la na volta.

Já em Curitiba, missa às 19h (catolicismo tradicional cada vez mais entediante), pão com manteiga caseira, pudim de leite e cama. Desfecho feliz para mais um fim de semana qualquer.

Segue o baile...
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2 comentários:

Brown Eyed Girl disse...

sacanagem... manteiga caseira é SACANAGEM, Dudu!!

Zé Luiz Sykacz disse...

Ê Dudu... Que delícia.

Juntar a família, os amigos, a patroa, e ir pra um cantinho tranquilo do mundo, junto à natureza, é um dos prazeres mais simples mas ao mesmo tempo mais gostosos que existem.

E pensar que tem tanta gente por aí que gasta fortunas pra se divertir, e nem assim consegue chegar perto da alegria propiciada por esta simplicidade.

Saudades, Dudu!

Abração!