23 maio 2007

eita juca...

Eu gosto de me surpreender as vezes. Meia e volta eu acabo descobrindo músicas maravilhosas no repertório de artistas desconhecidos ou redescobrir granes músicas em talentos não tão desconhecidos assim. Dia desses o Fabião (Fábio Júnior para o público em geral) a gravou a música "Cúmplice", do Juca Chaves. Essa música é aquela mesma, que o Juquinha canta fazendo propaganda do Rick Motel hahaha.

Enfim, tosquices à parte... tava ouvindo essa música no Weekendão e olhando para minha dona... e a letra é linda bicho. Poesia delicada, simples e direta. Fala tudo que o cabra normalmente quer falar pra muié, mas fica com medo de passar por piegas. O amor nunca é piegas, seu jaguara. Se tu sente, fala. Não cale... deixa a bagaça fluir.

Segue prôceis a letra da música citada. Muito bom...

Cúmplice, por Juca Chaves.

Eu quero uma mulher que seja diferente
De todas que eu já tive, todas tão iguais
Que seja minha amiga, amante, confidente
A cúmplice de tudo que eu fizer a mais

No corpo tenha o sol, no coração a lua
A pele cor de sonhos, as formas de maçãs
A fina transparência, uma elegância nua
O mágico fascínio, o cheiro das manhãs

Eu quero uma mulher de coloridos modos
Que morda os lábios sempre que for me abraçar
Que o seu falar provoque o silenciar de todos
E o seu silêncio obrigue a me fazer sonhar

Que saiba receber, que saiba ser bem-vinda
Que possa dar jeitinho em tudo que fizer
E que ao sorrir provoque uma covinha linda
De dia uma menina, à noite uma mulher



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27 anos de Viola

Navegando pela internet li uma notícia muito bacana na Folha Online. O programa "Viola, minha Viola", apresentado pela Inezita Barroso, a primeira dama da música sertaneja, completa 27 anos neste mês. No programa comemorativo a Inezita vai receber as Irmãs Galvão, que chegaram "vivas" aos 60 anos de carreira. No programa, segundo o site da Folha, haverá homenagens para artistas como Tonico e Tinoco, Sérgio Reis, Dominguinhos, Renato Teixeira, Teodoro e Sampaio, Robertinho do Acordeon, entre outros. O programa vai ao ar neste domingo (27), às 9h, na TV Cultura. Boa pedida.

obs: Crédito das fotos. Juca Chaves: Site oficial. Inezitta Barroso: Simprão

19 maio 2007

boa pedida...

No sábado passado comentei sobre as bizarrices do Viva a Noite, desenterrado das profundezas do SBT. Hoje vou falar sobre a 3.ª geração de um programa da Bandeirantes chamado Terra Nativa. Antes Terra Sertaneja, o programa foi lançado aproveitando a esteira de sucesso do semanal apresentando por Chitãozinho e Xororó na Rede Record.

Na época da sua estréia a atração era apresentada pelo excelente Sérgio Reis, que apesar não ter as manhas de apresentador, é um puta cantor do nosso famoso e "querido" Sertanejo. Depois de algumas divergências o programa passou para as mãos do cantor Juliano César e hoje é tocado pela dupla neo-sertaneja Guilherme e Santiago.

Como todos sabem sou um defensor ferrenho da música caipira, sertaneja e breganeja. Como a maioria dos músicos desses estilos falam, e eu concordo, éssas são as verdadeiras Músicas Populares Brasileiras (MPB). É lógico o termo MPB é apenas uam nomenclatura, mas se fossemos levar ao pé da letra, o sertanejo era o dono da marca MPB.

A dupla Guilherme e Santiago é bastante interessante. Tem algumas músicas legais e já conquistou uam boa quantidade de fãns. Mas é evidente que a grande atração da "atração" que a dupla apresenta é a enorme lista de músicos, duplas e cantores sertanejos famosos que lá aparecem. Sábado passado, por exemplo, estavam Cesar Menotti e Fabiano, que com a música do Leilão, são á última novidade do meio.

Hoje me surpreendi ao ligar na Band e assistir a dupla Maurício e Mauri. Puta que pariu... coisa boa de se ouvir. Os dois são irmãos de Chitãozinho e Xororó, mas infelizmente tiveram que viver com esse rótulo até hoje. Tiveram algumas boas 5 ou 6 músicas de sucesso e relembra-las nesta sexta-feira foi muito bom. Em seguida entraram no placo as Irmãos Galvão. Bah, foi quase emocionante. As velhinhas continuam com os gogós afinados e mandando ver pérolas como "Cheiro de Relva" e "Calor dos seus abraços".

Se lembrarem e se sentirem tentados a investir no mundo do sertanejo, experimentem (sem pré-conceitos burros) e assistam ao programa. Muito bom para curtir e relembrar

13 maio 2007

viva a noite...

Há tempos eu tava querendo escrever sobre amenidades, em especial as barbaridades e coisas boas que passam na nossa caixa maldita (televisão) e na caixa dos prazeres (rádio). Meus relatos serviriam para sugerir aos amigos coisas úteis para se ver e ouvir e alertar sobre coisas que não são tão essenciais assim.

Sempre fui um aficionado pelos dois (TV e rádio). Acho que ambos são propagadores de entretenimento e têm seus valores. No rádio tive o prazer inenarrável de trabalhar e quem me conhece sabe o imenso prazer que tinha naquela época e a minha proporcional vontade de voltar. A TV ainda não me conheceu, quem sabe um dia.

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Neste sábado fiquei em casa. Desde que comecei a namorar, acho que esta é a primeira vez que faço isso. Como a minha dona viajou, cá estou. Zapeando pelos canais da TV aberta, já que as opções de filmes na TV a cabo eram pouco atraentes, cheguei ao recém ressuscitado Viva a Noite. O programa conserva as coisas mais interessantes/bizarras da versão original, como uma “mão tosca” que fica dançando no palco, aqueles bambolês que ficam rodando com uma dançarina sacolejando dentro, etc, etc.

Assim que comecei a assistir testemunhei uma entrevista com a mãe da Luciana Gimenez (imaginem que interessante). Mas um pouco antes a atração deu uma aula de cultura e bom entretenimento. Aquela ex-miss que participou de uma das edições do Big Brother, que depois acabou perdendo a “faixa” sabe-se lá porque. Aí perguntada pela apresentadora Gil (ex-vocalista da Banda Beijo, ou coisa parecida) sobre o que a missa fazia que deixava sua mãe feliz (lembrando que sábado é véspera dos dias das mães).

Ela, surpreendentemente, disse que a sua veia se partia de rir quando ela arrotava (sim, arrotar. Aquela coisa que só os homens fazem, já que as mulheres só fazem “burp”) as 5 vogais. Para deleite dos espectadores, ela fez uma demonstração singela do seu talento. Realmente, foi emocionante.

Para diminuir o meu trauma, a atração seguinte foi a dupla Gino e Geno, que como a maioria sabe faz parte do universo da música sertaneja, onde me encontro e me sinto feliz.

Ah... já ia me esquecendo. Para finalizar o programa com chave de ouro (???) teve a dança do passarinho, com direito a música e dança para todos os convidados, balões caindo no palco e o Gugu interpretando a belíssima canção. Só por Deus.

07 maio 2007

durmo feliz...

Qualquer coisa parecida com o que o mestre poeta Vinícius de Moraes dizia... "Que os perdedores me desculpem, mas ser CAMPEÃO é fundamental". Se neste campeonato os "grandes da capital" fossem dignos de pena, eu até sentiria. Mas o Paranavaí provou que o futebol se ganha no gramado, na bola, na rede blançando. É muito bom ver o triunfo dos mais fracos, dos chamados "menores" ou dos desprestigiados - que na verdade são os que mais trabalham, os que mais se doam e, porque não, os que mais merecem.

A lição aplicada pelo Paranavaí em TODOS neste Campeonato Paranaense 2007 precisa ser assimilada, digerida e eternizada. Plagiando uma frase picareta do nosso esporte mais popular do mundo, "no futebol não tem mais time bobo". E não tem mesmo. Tem trabalho, suor e dedicação. Mas existem os empresários interesseiros também? Oh, de penca. Mas por trás disso têm homens lutando pelo sustento das suas famílias, namoradas, filhos e amantes. Para dar uma casa tão sonhada pela mãe ou para garantir o cachê de uma prostituta amada do meretrício local. Não importa... vencer significa dinheiro no bolso e dignidade para o "eu" de cada um deles.

Como foi bacana ver a felicidade "dessa gente". Do caboclo que chora e arranja desculpa para não viajar 50km e visitar a sogra, mas que encara quase 500 para ver 11 barbados - que ele chama de "meu time" - correndo atrás de uma bola. Homens se abraçando e gritando, eufóricos como crianças, felizes como crianças e realizados como homens. O torcedor apaixonado, o torcedor de ocasião, o torcedor da "cerveja gelada" e do "ei, que jogo é esse que tá passando?". Todos eles, com raríssimas exceções, gritaram "UH, ACP" neste domingo. E com satisfação.

Amauri, o próspero

Recentemente tive um longo papo por telefone com um senhor chamado Amauri Knevitz. Procurado para cobrir a lacuna deixada por seu antecessor (que foi facilmente seduzido pela chance de ser auxiliar técnico de um "dos grandes"), o treinador gaúcho se mostrou um cara simpático, acessível e, acima de tudo, feliz. Falamos sobre o time, o momento único vivido por todos e sobre o futuro. A serenidade que ele demonstrou e a confiança no "TRABALHO" que desenvolveu me surpreendeu. Naquele dia, o senhor Knevitz, de riso franco e fácil, me fez acredita que o "Vermelhinho" poderia levantar o caneco.

Depois de acompanhar toda a trajetória e fazer a cobertura do jogo, só me resta dizer PARABÉNS a todos do Atlético Clube Paranavaí, um legítimo campeão PARANAENSE de futebol. E que venha a Série C.