26 julho 2010

Pausa...

Minha gente. Me surpreendi quando entrei nas estatísticas e vi que cerca de cinco pessoas ainda prestigiam esse espaço, mesmo tendo que conviver com a falta de respeito desse escritor. Juro que tentei manter o espaço atualizado, mas os afazeres profissionais e meu outro blog me tomaram muito mais tempo do que eu imaginava.

Portanto peço que os amigos continuem me prestigiando no www.diarioleitequente.blogspot.com. Ficariamos (eu e o LG Gartner, meu camarada) por demais agradecido.

Prometo voltar quando tudo se acalmar! Valeu pessoal

26 abril 2010

Tapa na cara!

As vezes a vida nos dá um tapa na cara. Daqueles que você vê as vezes em filmes, quando um dos personagens pega o outro (que está histérico, ou alienado, ou zureta) pelo colarinho e lhe dá uma bofetada: "Acorda. Se acalme".

Estava eu, belo formoso e redondo, na fila da carne do hipermercado Condor do Santa Cândida na semana passada. Fila mesmo, com umas 15 pessoas esperando e só dois caboclos (as vezes um) atendendo a patuléia sedenta por sangue e carne vermelha em promoção. Pô, Coxão Mole a R$ 8,50 vale a pena. Enfim... com paciência de Jó, me dirigi ao final da fila para esperar minha vez. Logo atrás veio uma senhora, com quase 80 anos... ou 70, não sei bem, bem vestida, cara de aposentada rica. Mais tarde um senhor, com seus 50 anos. Na minha frente, sem dar espaço para conversas, uma senhora de uns 40 anos, roupas simples e chinelo de dedo.

A senhora de trás puxou papo. Respondi, afinal não conversar com velhinhos no supermercado as 9h de uma sexta-feira é maldade. Só tem gente com mais de 50 anos no supermercado a essa hora. O papo passou pela tradicional introdução sobre o clima curitibano, mas rapidamente foi para as carnes. Falamos do preço do patinho, das maravilhas da carne de porco e pela saborosa asinha de frango. Aliás, esta a única parte da ave apreciada pela minha colega de fila. Ela, na verdade, nem gosta muito de carne. Vai mais ao mercado para aproveitar as promoções e fazer compra para as amigas mais compromissadas que não têm tempo.

Depois de longos 20 minutos (é, pior que fila de banco) chegou a vez da mulher que estava logo na minha frente. Nesta hora, como eu disso antes, apenas um açougueiro deu o ar da graça. A senhora simples pediu um pacote de recortes de costela de porco (aliás, aqui cabe um comentário. Maior golpe da Aurora. Dentro daquele pacote de um quilo e pouco só vem osso e retalhos MESMO de porco. Diria 60% osso, ou mais). Um pacote deu R$ 5 e pouco. Aí ela pediu mais um, um pouco mais leve que o anterior. Mas todos tinham peso semelhante.

Então ela desistiu do primeiro e pediu um quilo de coxa-sobrecoxa, que tava barato também (R$ 2 e pouco). Ele pesou um pacote, que deu mais ou menos o preço do anterior, afinal eram pacotes fechados. Ela pensou um pouco, perguntou o preço da linguiça e voltou atrás mais uam vez. Pediu o recorte de costela de novo.

Irritada, porém simpatica (mas aquela simpatia de velho, que por vezes é irônica) a senhora chique atrás de mim começava a bufar. Dava risadas, falava "ai meu Deus" e ficava ansiosa.

Qual era o problema da cliente da minha frente? Eu já havia percebido, o açougueiro também e o senhor que vinha atrás da véia rica também. Mas ela não, pois continuava rindo. A cliente indecisa só tinha R$ 10 e queria levar o máximo de carne possível para casa. E quando o dinheiro é contado, meus amigos, é foda.

O açougueiro tentou orientar a mulher, até correndo risco de levar uma mijada de superiores: "Leva o frango ou a linguiça. Esse de porco vem muito osso". Ela, coitada, insistiu (talvez pela vontade de comer um porquinho) e no fim levou apenas um pacote de osso de porco. Nesse meio tempo fui atendido por outro açougueiro que chegou. Lamentei com o outro atendente a vida dura de se ter apenas R$ 10 para comprar a carne da semana.

Fiz meu pedido, ajeitei as carnes e saí. Ainda pasmo, é verdade, com a cena que tinha presenciado há pouco. A aposentada rindo da coitada. Logo depois até percebi que a aposentada se deu conta da situação e tentou se redimir concordando que "A vida é dura". Mas a palavra dita, meus irmãos, foi dita.

Alguns minutos depois a ficha finalmente me caiu. Como um enorme tapa na cara. Olhei para o meu carrinho e tive vontade de chorar. Chorar de vergonha de não ter tomado uma atitude que, garanto para vocês, tomei em outras oportunidades. Ao ver no meu carrinho R$ 100 de coxão mole (duas peças grandes para fazer bifes que durariam mais de um mês no frezzer), além de um quilo de frango e outro de linguiça (1/2 dessa encomenda era do meu velho, que também quis aproveitar a promoção da carne, mas não podia e me enviou para a missão) me senti um lixo.

Durante o tempo em que testemunhei a dificuldade da mulher em adequar um quilo de porco com outro de frango no orçamento de R$ 10 até pensei em oferecer cincão para complementar o dinheiro que ela precisava. Não o fiz por medo de constrangê-la. Mas poderia ter feito isso logo depois, assim que saíssemos da muvuca. Até tentei, comprei um quilo de linguiça a mais e procurei aquela mulher pelo mercado. Em vão. Ela já havia ido embora para preparar sua mistura do meio-dia.

Agora porque me senti envergonhado? Principalmente por perceber que as vezes somos esbanjadores. Que não temos a noção da importância das coisas. Não quis dar àquela mulher um quilo de linguiça por culpa, mas sim por perceber que eu posso ajudar ao invés de jogar meu dinheiro fora em coisas inúteis. O episódio me machucou.

A desingualdade neste nosso país é ultrajante. Ao invés de eu ficar feliz por ter economizado uns tostões ao aproveitar uma promoção, fiquei envergonhado de ter gastado R$ 120 em carne, enquanto meu semelhante tinha deizão para comprar o osso de porco contado para a semana.

É foda!

05 abril 2010

Lascas de Deus

Há muito se ouve falar das maravilhas da Linhaça. As mais variadas utilidades são à ela atribuídas, que passam desde um poderoso roto-roouter interstinal, um excepecional emagrecedor, desentupidor de artérias e embelezador de pele. Age, dizem, no comabte a vários tipos de cancêr, alergias, e outras doenças

Particularmente nunca consumi, mas depois de ouvir minha mulher falar tanto sobre este poderoso grão, acho que vou aderir à moda. A semente do linho é rica em ômega 3, ou seja, não precisamos mais nos entupir de atum ou sardinha, nem comprar cápsulas milagrosas que prometem toneladas do ômega para melhorar nosso colesterol bom.

Vou postar a seguir um conteúdo presente em vários sites pela internet sobre as maravilhas da linhaça. Fiquei tão encantado com o poder dessa semente, que mais parece ração para passarinho (tipo alpiste, ou coisa que o valha) que cheguei a uma particular, polêmica, revolucionária e herege conclusão: A Linhaça de tão poderosa que parece ser, nada mais é que "DEUS" ralado.

Numa dessa eu começo mesmo a consumir a linhaça. Se o fizer, prometo contar o resultado dessa experiência para vocês.

ps... tem outra utilidade para linhaça. Proteger portas de madeira. Passei seu oléo nas minhas aqui em casa e ficaram supimpas. A mesma linhaça que evita o cancêr, evita que a minha porta se entorte toda pela ação do clima. Acho que quando eu cortar a mão fazendo um churrasco, é só meter linhaça na ferida que já já tá curado.

xxx

Os benefícios da Semente de Linhaça

É considerada como um alimento funcional, ou seja, que contém, além de seus nutrientes básicos (carboidratos, proteínas, gorduras e fibras), elementos que podem diminuir o risco de algumas doenças pois seu uso contínuo pode proporcionar aumento da defesa orgânica e redução do ritmo de envelhecimento celular.

Na composição da semente de linhaça estão presentes proteínas, fibras alimentares e ácidos graxos poliinsaturados (Ômega 3 e Ômega 6), que lhe conferem a propriedade de alimento funcional. A semente de linhaça é a mais rica fonte de Ômega 3 existente na natureza.

Os investigadores do INSTITUTO CIENTÍFICO PARA ESTADO DA LINHAÇA DO CANADÁ e dos Estados Unidos, têm enfocado sua atenção no rol desta semente na prevenção e cura de numerosas doenças degenerativas.

Muitos estudos estão sendo desenvolvidos para confirmar os benefícios do consumo regular da semente de linhaça. Alguns desses estudos afirmam que a linhaça poderia ajudar a baixar os níveis de colesterol, pois é rica em fibras solúveis. Também esta sendo estudada outras funções e tem benefícios como:

-- Rejuvenescedor
-- Baixa de peso
-- Auxilia no combate a anemia
-- Auxilia no combate ao câncer: de mama, de próstata, de colon, de pulmão, etc...
-- Auxiliar no combate à acne.
-- Auxiliar no equilíbrio hormonal, amenizando distúrbios causados pela TPM e menopausa;
-- Auxiliar na diminuição do risco de aterosclerose;
-- Auxiliar no controle Diabete - da glicemia
O consumo regular de linhaça favorece o controle dos níveis de açúcar no sangue.
Esta é uma excelente notícia para os insulina dependentes.
-- Vitalidade Física
-- Sistema Digestivo
-- Sistema Nervoso
-- Doenças Inflamatórias
--Retenção de Líquidos
-- Sistema Imunológico
-- Sistema Cardiovascular
-- Funcionamento Intestinal
-- Para o auxílio na redução de colesterol ruim, dos sintomas de TPM, menopausa
-- Para combater a agressividade e a obesidade
-- Condições da Pele e do Cabelo

Veja a composição nutricional de 15 g da Semente de Linhaça:

Valor calórico 43 Kcal
Carboidratos 1 g
Proteínas 2 g
Gorduras totais 3 g
Gorduras Saturadas 0 g
Gorduras Trans 0 g
Fibra alimentar 3 g
Ômega-3 58%
Ômega-6 16 %
Sódio 7,8 mg

É coisa demais para um pózinho só.

23 março 2010

Somos todos miseráveis!

Que me desculpe a classe, trabalhadora e, por vezes, alvo da ira, das brincadeiras sem graça e da chatice dos clientes cozidos. Mas vocês só podem estar de brincadeira sobre essa história dos 20%. Só podem. É como se legalizassem uma espécie de extorsão.

Tinham que acabar com essa palhaçada e com a dos 10% também. Seria muito, mas muito mais fácil realizar campanhas de marketing que incentivassem a gorjeta, caso o atendimento realmente merecesse. Porque vou pagar 20 reais (numa conta ilusória e irreal) de R$ 100 se fui mal atendido? E olha que é muito mais fácil ser mal atendido em locais em que se gastaria R$ 100 do que no pastel com pingado no “China”.

Os patrões vão alegar o que para esses 20%? Dificuldade do seu comércio, que cobra R$ 4 por um refrigerante? Ou R$ 18 por um hamburger (hein, Madero). A verdade é que esta tudo uma grande zona. Povo faz o que quer e por falta de opções, o POVÃO arca com esse prejuízo.

Cinema é coisa de rico

Você consegue imaginar pobre indo ao cinema com a família? Impossível né? Ah, tudo bem, domingo tem a tarifa social de ônibus. Cada um paga R$ 1 apenas para andar na Serpente Rubra (e, se esperto for, esmaga as duas crianças de 10 anos na mesma roletada e economiza mais um pila). O Cinema ta quanto mesmo? R$ 22 , R$ 20. Eu, mais a minha veia, os dois bacuris (que ADORAM pipoca), um pacotinho custa R$ 2 no cinema certo? ERRADO, custa R$ 10. Mais um refrizinho, que custa R$ 1,50 certo? ERRADO, custa R$ 4.

Faça as contas aí bacana. Aí o governo fala do Vale Cultura, que daria um “brinde” de R$ 50 para o trabalhador gastar com cultura. Um livro bom, de lançamento, custa uns R$ 40. O cineminha com a família? Sem chances caboclo. Só se for sozinho com a patroa, sem comer pipoca.

O Brasil ta virando um país de rico, onde só vivem pobres.

Sei lá... to ficando preocupado com o rumo das coisas.

18 março 2010

Um dia "a casa" CAI

Um monte de gente gosta de deferir seus venenos contra à Gazeta do Povo e ao grupo RPC. A RPC e a Gazeta são vidraças e estão no alvo de toda a ira deste mesmo povo, quando lhes convém. A RPC é a empresa que precisa dizer as verdades e que não pode falhar. Se falha (muitas vezes nas interpretações individuais de cada um) acontece uma tempestade.

Eu, que lido (escrevo, edito, etc) diariamente sobre a maior religião do mundo (o futebol) nesta mesma Gazeta do Povo, sei melhor do que ninguém o que isso significa. Somos "acusados" (como se isso fosse um crime) de atleticanos por coxas, de coxas por atleticanos e de anti-paranistas por paranistas. O dia todo. Em todas as matérias. Não há como agradar aos gregos e curitibanos.

Mas voltando ao tema. Quem é minimamente informado já ficou sabendo da série Diários Secretos publicada pela Gazeta do Povo. Se você não ficou, por favor. Tome vergonha na cara. Ficou ofendido por eu ter dito isso? Tomara que sim. Talvez a partir de agora, sendo tratado dessa forma, você tome essa vergonha e pare de olhar apenas para esse seu umbigo fétido e passe a considerar que o mundo a sulta volta gira independente da sua vontade. E para participar dessa bricandeira, você tem que saber do que se trata.

A série Diários Secretos é, talvez, uma das maiores reportagens investigativas da história da imprensa brasileira (sim, não só paranaense). O trabalho de Karlos Kohlbach (meu amigo pessoal, de quem me orgulho um bocado), James Alberti (meu colega de pós graduação), Gabriel Tabatcheik (meu calouro na faculdade) e Kátia Brembatti feito ao longo de dois anos revela as maracutaias da Assembléia Legislativa do Paraná. Uma série de funcionários fantasmas, laranjas e corruptos.

É uma das maiores devassas da história da política paranaense. Reportagem digna de prêmio. Se não fosse pelo primor do texto (o que não é o caso, afinal esta muito bem escrita), mereceria pelas revelações que traz.

Em dois dias, revelou um esquema de desvio de verbas absurdo e aguardem, pois muita coisa ainda vai vir à tona e tem gente de paletó e gravada SE CAGANDO de medo.

Espero que um dia mostrem esse material nas faculdades de jornalismo, pois trata-se de uma aula da essencia do jornalismo, ou seja, mostrar a verdade que tanto os políticos de carreira ou chefões dos bastidores tentam ocultar.

Acompanhem em www.gazetadopovo.com.br e www.rpctv.com.br. Não deixe para depois.

ps...

É para acabar com esse tipo de prática, essa falcatrua, que pensamos em 2012 como o ano do início da virada. Pena que ele demora tanto tempo para chegar. Se você sonha com esse mundo melhor, sonhe com a gente.

02 março 2010

Em busca da minha paz...

O meu amigo LG, nobre co-autor do meu outro blog, Diário Leite Quente, é especialista em participar de blogs. Lendo um de seus textos no Diga-me Quem te Informa resolvi repercuti-lo.

Lá, no mencionado texto, ele cita uma campanha pela Paz no Rio de Janeiro feita em 1995. De lá para cá, dando um auxílio aos inimigos da calculadora, já se passaram quase 15 anos. E em 15 anos muita coisa já deveria ter mudado. Há 15 anos, eu estava no auge da minha prá-adolescência (se é que ela existe). Jogava bola até tarde na cancha lá perto de casa, ao mesmo tempo que brincava de 31 (esconde-esconde para os piás de prédio) e pé na bola (também de alerta, quando as meninas insistiam).

Tentando driblar os assobios (assovios) do meu pai chamando para entrar para casa, por volta das 22h, entre uma investida ou outra nas amiguinhas da rua, eu mergulhava na paz que era o conjunto Solar, no Bacacheri. Um loteamento do BNH, que em 30 anos virou bairro nobre. Bairro nobre em que já não há tanta paz como outrora. A mesma pas que se pedia lá em 1995, ou em 1945, 85, e outros cincos lá para trás.

Se durante todo esse tempo a pedida paz não se tornou uma realidade (talve nunca se tornará) porque insistimos em pedi-la? Porque acreditar em algo que nos parece tão impossível?

Meu pai me disse certa vez que devemos nos permitir se indignar sempre. Essa indignação é que diferencia os homens dos animais. Se revoltar com o que esta errado é uma virtude. Não virar o rosto quando vê uam injustiça, não se calar diante da desiguladade (seja ela social, racial, etc), não se omitir. É bom, claro, não se deixar levar pela indignação pura, sem fundamento. Mas nunca deixar de se indignar, como dizia meu sábio pai.

A questão, na verdade, é porque não existe paz, se tdos a querem e tanto a procuram? Simplesmente porque a paz, embora não precisasse (na sua essência) deixa margens para diferentes intrepretações. A minha paz, nem sempre é igual a sua. Aliás, talvez eu nem saiba qual é essa minha paz. Talvez seja uma casinha, um carrinho, morar com minha patroa e os frutos que certamente virão, apertando as contas noa fim do mês para o orçamento fechar, mas sem abrir mão da carninha assada no fim de semana.

Ou não... Talvez seja muito mais que isso. Talvez nossa missão seja muito maior do que imaginamos que seria. Quem me provará isso? Nem eu sei. Mas a diferença é que me permito seguir o caminho que vier. Meu coração sempre me leva onde quer. Eu não questiono e vivo a intensidade da vida que me foi desenhada por mim mesmo.

Sempre em busca da minha paz, sem que para isso precise influenciar direto na paz do meu semelhante.

18 fevereiro 2010

Shoppis Centis...

Dei uma consultada no professor Google e ele não me deu uma resposta satisfatória. Portanto, cito o milagre, sem saber o nome do santo. "O Humor é o tempero da VIDA". Desde sempre vivi uma vida feliz. Graças a Deus ou a qualquer força divina superior, tive boa educação, oportunidade de ter uma infância feliz e um lar que me propiciou crescer num ambiente agradável e saudável.

Em toda essa caminhada o humor esteve sempre presente. Rir sempre foi um baita remédio para mim. Fazer rir também, embora a minha veia cômica não seja a ideal para me dar dinheiro, mas acredito que ela satisfaz os meus pares. Da piada maliciosa do Ary Toledo no Show de Calouros (Como é que o elefante se suicida? Lembram?), passando pelos inesquecíveis trapalhões, até ons bons tempos da Escolinha do Professor Raimundo e Praça é Nossa. Hoje me distraio com outros humores, como o CQC, Pânico (certas vezes), e piadas na TV, seja o programa que for.

Mas domingo passado me peguei nostálgico. Ganhei da minha patroa a coleção de DVDs dos Trapalhões e mesmo que ainda não tenha conseguido assistir com a atenção merecida, pude - de rabo de olho - ver alguns dos quadros. Que humor gostoso, inocente e puro. O riso brota fácil, sem esforço. Natural.

Hoje li uma notícia que me deixou triste. A morte de Arnaud Rodrigues, o inesquecível "Shoppis Centis", da praça é Nossa. Adorava seus quadros, ria muito com suas piadas e imitações, como em Chitãoró e Xorãozinho (com o Macelo de Nóbrega). Era um cara da velha guarda, do humor puro, do riso fácil. Arnauld morreu numa fatalidade e olevou com ele um pouquinho do nosso riso, da nossa alegria. Rir, num país onde se sofre tanto, é uma benção.

Mesmo que estejamos (eu estou) tristes pela morte do Arnauld, vamos tentar rir um pouco mais. Não se paga imposto. Ainda é grátis. Não sei até quando.

05 fevereiro 2010

sentimento...

Ojeriza
Desprezo
Escória
Irritação
Odio

Castigo
Abominável
Louco
Ordinário
Repulsivo

30 janeiro 2010

belo poente...

Tenho certeza de que muitos de vocês tiveram o privilégio de contemplar o céu no início da noite desta sexta-feira. Tentando vencer com bravura as chuvas que castigam o país há dias, o sol se enfiou com tudo no céu curitibano, sem, entretanto, lograr êxito.

Contudo, graças ao seu esforço e força descomunal, pudemos ver um céu único e que, com tantos detalhes e nuances ímpares, jamais irá se repetir. Tudo ganhou um tom sépia por volta das 19h45. Casas brancas ficaram amarelas, casas azuis ficaram amarelas, casas amarelas ficaram ainda mais amarelas. O negro do asfalto se "aurificou".

Mas não só o amarelo tingiu o céu. Pelo menos aqui em Colombo. Um azul turquesa, trazendo a certeza de mais água cadente, tomava o 1/3 do céu que cedeu espaço para um fundo magenta, adornado por dois arco-íris belíssimos. Um mais tímido, é verdade, mas persistente e metido, ficando o pé na missão de roubar a atenção do seu irmão mais colorido.

O céu multicolorido foi, aos poucos, dando lugar para a penumbra da noite, que antes de ir embora, fez questão de dar mais alguns minutinhos de sobrevida ao alaranjado, ao vermelho que se despediu de mais um dia.

É possível ficar eúfórico com um simples cair da tarde? Atire o primeiro mouse quem nunca foi tocado por um belo por do sol.



A foto acima é do competentíssimo Antônio "Socó" Costa, reporter fotográfico da Gazeta do Povo.