28 setembro 2008

au, au, au...

Tá certo, tudo bem que eu devia ser menos preguiçoso (putz, fiquei na dúvida se preguiçoso se escrevia assim mesmo. Estranho né?) e procurar os detalhes mais precisos da informação, mas o que vale é a intenção.

Vocês viram a propaganda que anda sendo veiculada sobre doação de órgãos? Aquela que o caboclo passa na frente de uma casa e o cachorrinho sai latindo? Então, para quem não sabe, explico um pouco melhor.

O comercial começa com um cachorrinho de olhas pidoncho... Triste, o animalzinho parece tenso e à esperar alguém. Mas nada acontece. De repente, ele levanta as orelhinhas e sai correndo para o portão, como se sentisse a presença do seu dono. Latindo e abanando o rabo, ele sai para fora de casa e late efusivamente para um homem. O transeunte pára, vira de costas e faz cara de desentendido. O cachorro então percebe que não é seu dono. O homem se vira, segue andando, mas volta a olhar para trás como se já conhecesse o cachorro.

Entenderam? O lance é que o homem em questão recebeu algum órgão do antigo dono do dog, que sentiu a presença do ex-dono naquela pessoa estranha.

Sei lá... não gosto muito de cachorros. Talvez porque a partir dos anos que minha memória deixam vivos. Mas não sinto muita afeição pelos vira-latas... 90% são fedidos e lambem teus dedos do pé, normalmente quando voce está de havaianas.

Mas o comercial é espetacular. A singeleza que ele passa te contagia. Simples, sincero, honesto... enfim BELÍSSIMO. Parabéns para quem criou. E vamos doar (DEPOIS DE MORTOS OK?)

23 setembro 2008

na veia...

Sempre fui fã dos Engenheiros do Hawaii. Nunca gostei de algum artista, jogador de futebol, banda ou coisa parecida, como gosto dos EngHaw. Já fui para fila de autógrafos em shoppings, assisti a dois shows seguidos (quase 10 no total), tirei fotos no camarim e guardo autógrafos até hoje. Recortes de jornal e tudo mais.

Minha admiração nasceu pouco antes do ano em que ela se consolidou. Ouvi o LP O Papa é Pop, lançado em 1990 (o ápice do sucesso comercial deles) até "furar". Mas foi em um show, em 1996 (??? acho que era esse o ano), quando eles fizerem um show aqui em Curitiba, na Pedreira Paulo Leminski. A atração da noite mesmo eram os Mamonas Assassinas, mas quem me comoveu foram os Engenheiros.

O CD era o Simples de Coração, o melhor na minha opinião. Talvez não o melhor tecnicamente, ou por outros fatores, mas o que reúne as músicas e a sonoridade que mais me comovem.

O ponto alto da minha relação com os engenheiros foi este ano, quando pude realziar um sonho de adolescente ao entrevistar o Gessinger e publicar uma matéria na Gazeta do Povo. Mais ainda, ao ver minha matéria linkada no site oficial deles (outro sonho de adolescente). Hoje, adulto (?????) já não tenho a mesma ingenuidade e euforia da adolescência, mas sempre me pego voltando um pouco no tempo ao ouvir meus cds dos EngHaw.

Para mostrar, e provar, que o talento deles continua o mesmo, posto a música "no meio de tudo voce". É do último CD deles "Novos Horizontes" (que alias, é o ne de uma das mais belas músicas deles. Os EngHaw deram um tempo e nem sei se voltam mais, mas para mim, certamente, serão eternos... ENGHAW na veia... Aproveitem.

no meio de tudo você (humberto gessinger)

selva
a gente se acostuma a muito pouco
a gente fica achando que é demais
quando chega em casa do trabalho quase vivo

selva
a gente se acostuma a muito pouco
a gente fica achando que é o máximo
liberdade pra escolher a cor da embalagem

nessa selva
a gente se acostuma a muito pouco
a gente fica achando que é normal
entrar na fila, comprar ingresso
pra levar porrada

no meio de tudo, você
me salva da selva...salva da selva

selva
a gente se acostuma a muito pouco
a gente fica achando que é demais
um pouco de silêncio e um copo de água pura

selva
a gente se acostuma a muito pouco
a gente fica achando que é o máximo
se o cara mente mas tem cara de honesto

nessa selva
a gente se acostuma a muito pouco
a gente fica achando que é normal
finge que não vê...diz que não foi nada
e leva mais porrada

no meio de tudo, você
me salva da selva...salva da selva


Quer ouvir a música? Clique AQUI!!!

22 setembro 2008

mini-mundo...

Recebi o texto a seguir por e-mail, do jornalista multipremiado Mauri König, da Gazeta do Povo. Ele nem deve ser muito novo (o texto, nao o Mauri), mas achei bem bacana.

Segue para deleite dos amigos leitores.

A Terra em miniatura

Avaliação interessante e impressionante.

Se pudéssemos reduzir a população da Terra a uma pequena aldeia de exatamente 100 habitantes, mantendo as proporções existentes atualmente, sería algo assim:

Haveria:
- 57 asiáticos
- 21 europeus
- 8 africanos
- 4 americanos

E ainda:
- 52 mulheres
- 48 homens
- 70 não seriam brancos
- 30 seriam brancos
- 70 não cristãos
- 30 cristãos
- 89 heterossexuais
- 11 homossexuais

- 6 pessoas possuiriam 59% de toda riqueza e 6 (sim, 6 de 6) seriam norte americanos. Das 100 pessoas, 80 viveriam em condições sub-humanas. 70 não saberiam ler, 50 sofreriam de desnutrição, 1 pessoa estaria a ponto de morrer e 1 bebê estaria prestes a nascer. Só 1 (sim, só 1) teria educação universitária.

Nesta aldeia, haveria apenas 1 pessoa a possuir um computador.Ao analisar nosso mundo desta perspectiva tão reduzida, se faz mais presente a necessidade de aceitação, entendimento, e educação.

Agora pense...

- Se você se levantou nesta manhã com mais saúde que doenças, então você tem mais sorte do que milhões de pessoas que não sobreviveram nesta semana.

- Se você nunca experimentou os perigos da guerra, a solidão de estar preso, a agonia de ser torturado, ou a aflição da fome,então, você está melhor que 500 milhões de pessoas.

- Se você pode ir à sua igreja sem medo de ser humilhado, preso, torturado ou morto, então você é mais afortunado que 3 bilhões de pessoas no mundo.

- Se você tem comida na geladeira, roupa no armário, um teto sobre sua cabeça e um lugar onde dormir, você é mais rico que 75% da população
mundial.

- Se você guarda dinheiro no banco, na carteira, e tem algumas moedas em um cofrinho... já está entre os 8% mais ricos deste mundo.

- Se seus pais ainda estão vivos e unidos, você é uma pessoa muito rara.

19 setembro 2008

de volta para o passado...

Que doideira... em 2006, no feriado de 7 de setembro, fui para a praia com os tinos (Tina e Eduardo, casal de amigos). Fiz um ou dois posts sobre a aventura, encarada em época de eleição. Candidatos, panfleteiros, muita sujeira e barulho.

ponto final...

Eis que de repente começam a surgir comentarios naquele post, sobre a briga eleitoreira atual. Alguem deve ter postado aquilo no orkut ou em algum outro blog, sei la. Mas uma discussao de anônimos e correligionários começou. Sem pé nem cabeça, mas o povo tá se degladiando lá, num post de setembro de 2006.

Essa internet impressiona as vezes.

Quanto à discussão em questão, trata-se de uma briga de cabos eleitorais do Dalmora e do Xiquinho, oposição e atual prefeito, respectivamente. Eu prefiro o Dalmora, já que o Xiquinho é da velha política que manda em Matinhos há décadas (se revezou com o Seda muitos anos). Se o Dalmora nao tem cara de político (o pai dele sim, tem mais fama de bom adminsitrador), pelo menos é sanue novo em Matinhos.

Volto em breve para comentarios políticos. Ando querendo falar sobre isso, mas tem faltado coragem para abordar assunto enjoativo como esse.

12 setembro 2008

contra a censura...

Este post terá um tom de protesto. Não que eu precise avisar isso antecipadamente, mas quero deixar bem claro.

Essa semana um amigo enfrentou uma situação inusitada. Estudante de jornalismo na metade do terceiro ano, ele é um cara inteligente, esforçado e determinado. Tem excelentes iniciativas e aparenta estar traçando um caminho promissor no jornalismo. Na ânsia de desenvolver suas habilidade, criou um site para falar das coisas da sua cidade, especificamente, Colombo.

Fala de amenidades, reescreve releases e exercita o seu futuro ofício de viver da escrita. Mas decidiram calar sua voz (bonito isso né?).

De repente ele recebeu uma carta do Sindicato dos Jornalistas do Paraná pedindo que ele justifique e apresente o nome e número de registro do jornalista responsável. Alegando ter recebido denúncia de que o site estaria praticando jornalismo irregularmente, deu prazo de 20 dias para ele se pronunciar, sob pena de ver a denuncia ser encaminhada ao Ministério do Trabalho para sanções cabíveis.

Thiago Costa é o nome da fera. Piá bom, prestativo e parceiro. Quase abandonou o barco dia desses, mas conseguimos demove-lo da idéia, acredito que o jornalismo é dom e carma.

O Sindicato dos Jornalistas, como se não tivesse coisas mais importantes para se preocupar, pediu a retirada do site do ar. O Thiago escreve os textos do Diário de Colombo no pouco tempo que lhe resta entre a faculdade pela manhã e o trabalho na Gazeta do Povo durante a noite, como treinee. Escreve do quarto dele, do seu computador pessoal.

Qual é o objetivo desta atitude do sindicato? Preservar o nosso direito de jornalistas registrados? Ou mostrar que está atento a tudo, numa demosntração desnecessária de zelo? O cara escreve por prazer. Não ganha um centavo com isso.

A justificativa do funcionário do sindicato é que Thiago escreve os textos com Lead. Para quem não sabe, lead é uma palavrinha que significa uma ferramenta da escrita que responde as perguntas O que? Quando? Onde? Como? e Porque? logo no primeiro parágrafo dos textos. Coisa que se ensina na faculdade.

Ou seja, eles reclamaram e proibiram o Thiago de escrever porque ele começa os texos com o LEAD. Diz o sindicato que se o texto fosse um diálogo, não haveria problema, ou "não estariamos tento essa conversa", como falou o membro do sindicato. Outra coisa, medidas cabíveis? Fico imaginando o pessoal do ministério do trabalho lacrando o quarto do Thiago, que é de onde ele escreve. Seria engraçado.

A que conclusão eu chego. Sinceramente achei errada a postura do sindicato. Realmente achei desnecessária uma medida como essa de proibir um exercício de escrever. Acho que eles deviam incentivar atitudes como a do Thiago, que sem pretenção, resolveu falar das coisas da sua gente, comunicar. Simplesmente comunicar.

Respeito muito o pessoal do sindicato, mas acho que tudo poderia ter sido resolvido com uma conversa. Com um aconselhamento. Escrever (seja na faculdade, ou no mercado de trabalho), é um prazer, um dom, um carma. Não se pode impedir ninguem de se expressar. Espero que tudo se resolve bem.

05 setembro 2008

coisa linda...

Já falei sobre algo semelhante aqui, mas hoje reforço. Dia desses comentei sob a beleza da Praça Santos Andrade, no centro da nossa (pelo menos minha) amada Curitiba. Essa semana, num desses dias quentes de inverno (???) fui para meu intervalo diário de 15 minutos por volta das 18h30.

Comprei um saco de pipoca saudável (com uns pedaços de bacon que mais parecem lascas de leitão), pedi licença para um caboclo que estava sentado em um dos bancos e recostei meu latifúndio dorsal cansado para "preciar" a paisagem. E que paisagem bacana. Muita gente passava logo à minha frente. Gente de tudo quanto é tipo. Novo, véio, magro, gordo, bonita, gostosa, maloqueiro, crianças, cachorros, pombos e até uma ou outra formiga.

Por incrível que pareça - e que talvez vocês nem acreditem - dava para ouvir o silêncio de Curitiba. Verdade... no meio daquela hora do rush, o barulho da água caindo na cachoeira improvisada do lado da praça Carlos Gomes era ensurdecedor. Não aquele ensurdecedor de doer os ouvidos, mas sim aquele que contrastava com o farfalhar das árvores... Ou o que competia com o riso das crianças... ou o latido do cãozinho feioso.

Tudo ganhou uma cor mais Bonita. Naquela hora do dia onde tudo parece desenhado em cores de sépia, o colorido do início da noite curitibana massageou meus olhos e acalmou meu coração. Tenho orgulho da minha cidade e de poder sentar na praça para apreciar o movimento. Nem o malandro tentando me vender um relógio de procedência duvidosa e nem o malaco que rescendia piga e me pedia um trocado para um marmitex para a família tiram o brilho daquele fim de tarde qualquer.

Coisa linda...

02 setembro 2008

bem simples...

Putz... essa eu devia ter inventado. Voces já acessaram um site chamado Bem Simples? É bem coisa de gente simprona, assim como esse que vos fala. Sério, é muito bacana. Vale a pena dar uma olhada e se surpreender com a série de coisas interessantes que ele apresenta.

Viva o simples, seja simples. Compartilhe conhecimentos e cumprimentos. Seja afetuoso... abrece. Assobie, pois caboclo injuriado e estressado não assobia.

www.bemsimples.com