26 outubro 2006

bah... de arrepiar

Caboclada... se tem uma coisa que eu gosto nessa vida é de música, e estão aí meus amigos (será que estão mesmo?) que não me deixam mentir. Tive o prazer de ouvir em primeira mão todas as músicas que estarão no CD da banda AGENTE X, do meu irmão Vinícius (chitão, para todos).

É lógico que qualquer comentário que eu faça estará recheado de carinho fraternal, mas a qualidade das composições, melodias, arranjos... enfim, o CD como um todo, ficou DO CARALHO. Só consegui ouvir uma vez apenas, mas tive que parar na faixa 7 e repeti-la pelo menos 9 vezes. Já tinha ouvido uma versão no violão tocada e cantada pelo Guilherme, irmão do chitão (e meu brother) num barzinho por aí.

Mas... Bicho, a música é DO CARALHO. Além de me identificar com letra e melodia, ela me arrepiou. Poucas músicas, pouquíssimas eu diria, conseguiram tal feito. Por exemplo, isso acontece sempre que escuto Piano Bar, do Engenheiros. Ou então quando ouço o Hino Nacional. É engraçado (e talvez louco) tentar comparar essas coisas, mas eu ouvi "Mochila nas Costas", do Agente X, e me arrepiei... da mesma forma.

Mando a letra para quem quiser ler agora... queria por o áudio... quem sabe mais além. Deleitem-se com a simplicidade e amplitude dessa letra.

Mochila nas Costas (por Guilherme Scheffer)

Num campo de girassol
É onde busco o teu rosto
Mas não se vê
Já sinto falta de você

Já que moramos tão perto
Ali no mesmo hemisfério
No horizonte eu vejo a chuva chegar

Eu bato a porta, saio pra te buscar!
Pra te levar par onde não tenha frio
Algum lugar onde eu possa ficar junto a ti

Morar numa cabana em Marte
Mochila nas costas...
Morrer de rir do mundo inteiro
Mostrar um sentimento verdadeiro

21 outubro 2006

éle éle...


ê saudades...
que sinto de ti

nem sei bem porque... tu sabes?

Só sei uma coisa...

Que a cada brisa
que sopra

ou folha
que cai...

tulipa
que brota

ou sol
que não sai...

... te materializo

ainda não sei até quando...
mas farei isso sempre...

toda que eu sentir vontade de sorrir

18 outubro 2006

corrente de amigos...

Bem meus amigos... essa é uma daquelas horas em que toda ajuda é importante. Nos idos de "faz tempo pra caralho", precisamente na 3.ª série do primeiro grau, conheci um caboclo que com o passar dos anos só cresceu em importância na minha vida. O cenário foi mudando e mesmo passando por escolas e colégios diferentes, nossa amizade se fortaleceu e amadureceu na medida certa.

Hoje, me considero uma testemunha ocular da luta que o Vinicius (ou Chitão, como preferirem) travou em busca de um sonho. Sonho que foi construído a duras penas, com muitas portas na cara e pedras no caminho, mas que aos poucos está próximo da realidade. Com um CD de músicas próprias praticamente pronto, Chitão, seu (meu) irmão Guilherme e toda a família Agente X está a um passo da concretização de um projeto que já dura ao menos 10 anos.

Esta é a hora dos amigos deles, dos amigos dos amigos, conhecidos e desconhecidos darem as suas contribuições. Finalistas em um concurso de bandas promovidos pelo Grupo Paulo Pimentel (GPP) - ficaram entre as 12 bandas classificadas entre as quase 200 inscritas - eles precisam do apoio de todo mundo na votação que acontece por email.

É simples. Basta mandar um email para mailto:festivalgpp@cssmusic.com.br.com.br e colocar no campo "ASSUNTO" e também no "CORPO DO TEXTO", o nome AGENTE X.

Querem conhecer um pouco mais sobre a banda? Acesse o site deles ali nos meus links preferidos ou clique em www.agentex.com.br. Não percam, na seção de donwloads, a oportunidade de ouvir a música ANNA. Acessem e se surpreendam. Não esqueçam, peça a ajuda dos seus conhecidos e vamos fazer uma enxurrada de emails para os caras do concurso.

Obrigado pela ajuda de todos... forte abraço.
E segue o baile...

obs: Participem de uma corrente que presta para alguma coisa

12 outubro 2006

desalento...

Bah! Hoje tava desabafando com alguns amigos sobre a vida e suas (minhas) frustrações.

Mais tarde um pouco pensei em deixar um recado para uma guria que estimo e admiro muito. Pensando em escrever algo que faça sentido e passe pra ela o que quero dizer, dei de cara com esse texto. Não preciso dizer que o autor é meu mestre Vinicius de Moraes... o resto deixa com a "VIDA". Ela deve, ou deveria, cuidar do resto.



Desalento

Sim, vai e diz
Diz assim
Que eu chorei
Que eu morri
De arrependimento
Que o meu desalento
Já não tem mais fim
Vai e diz
Diz assim
Como sou Infeliz
No meu descaminho

Diz que estou sozinho
E sem saber de mim
Diz que eu estive por pouco
Diz a ela que estou louco
Pra perdoar
Que seja lá como for
Por amor
Por favor
É pra ela voltar

Sim, vai e diz
Diz assim
Que eu rodei
Que eu bebi
Que eu caí
Que eu não sei
Que eu só sei
Que cansei, enfim
Dos meus desencontros
Corre e diz a ela
Que eu entrego os pontos

07 outubro 2006

Bruno, Marrone e os Andaimes

Mesmo estando um verdadeiro arremedo de gente, já que estou castigado pelo cansaço, busquei forças e nesta quinta-feira que passou fui ao show da dupla Bruno e Marrone. Contando com a presteza da minha ex-colega da Rádio Independência, Inês Dumas, me credenciei e fui até o Rancho Matei Manzi.

Logo de cara o primeiro contratempo da noite. Um acidente na frente da entrada para o referido Rancho nos obrigou, eu e meu amigo Eduardo Leonardo Ribeiro Vicentino, a pegar um desvio e entrar pela estrada dos fundos. Por uma estradinha de chão - que me jogou no peito uma saudade de Campo Mourão - entramos, literalmente, mato a dentro com minha viatura. Poucos metros a frente o fluxo de veículos parou graças a quantidade de carros que ia para o local.

Minutos depois cruzamos com um caboclo no meio dessa estrada que dizia: “Ae galera... o estacionamento lá em cima é 25 contos. Pega a direita aqui (numa bifurcação) que é só 15ão”. Fomos no certo, ou seja, o estacionamento “oficial”. “Apenas” 40 minutos depois percorremos mais alguns metros e chegamos até o “estacionamento” (não se preocupem com as “aspas”... vou usar elas muitas vezes). Para as nossas gargalhadas, o estacionamento era 15ão, não os 25 contos anunciados pelo caboclo lá no meio da estrada. Boa tática.

Mais uns 15 minutos e estacionamos o carro. Estacionamos não é a palavra mais certa, já que apenas equilibramos a viatura num morro que chamaram de estacionamento, mas vá lá. Na portaria... nada de lista de imprensa. Depois de uns 10 minutos conseguimos entrar após o OK da minha colega Inês.

Depois de andar por algumas escadas de madeira, descobri que já estava no local do show apenas pelo número de pessoas que estavam concentradas embaixo de uma lona, pois nada que tinha neste espaço lembrava um palco (ou coisa assim).

E ele tem razão. Nunca tinha visto tanta mulher bonita por metro quadrado. Por isso, e pela música, o show valeu muito a pena.

... continua...

(Na foto, tirada pelo Vicentino, vemos o olhar maroto do 2.ª voz Marrone: "As mulheres do Paraná são as mais linda do Brasil". Concordamos com você Marrone)

Bruno, Marrone e os Andaimes II

(Na imagem, podemos ver o que a esmagadora maioria viu. Uma dupla sertaneja entre andaimes e ferros)

... continuando.

Deixamos as dúvidas para trás e fomos para a “coletiva” com a dupla. Ambos simpáticos e acessíveis. Papo legal, rápido, mas legal. Fiquei surpreso com a baixa estatura do vocalista Bruno. O tamanho dele - semelhante ao da minha amiga Ariana - é inversamente proporcional ao seu talento vocal.

Depois de um bate papo rápido, sob a pressão da produção, fomos nos “acomodar” no meio do povão. Pronto. Começou a minha total frustração. Quando o show já ia começar, descobri que atrás de um monte de ferro empilhado e andaimes, ali mesmo onde achei que não existia um palco, existia um “palco”.

Não sei bem por quais motivos, um “camarote” artesanal foi erguido bem diante do público através de andaimes de construção civil. Quem viu o show com perfeição foram os afortunados que estavam na área VIP, porque o povão via pequenos flash’s de Bruno e Marrone quando eles passavam atrás de vigas de metal. A outra opção era assistir o show pelos dois telões instalados, mas sinceramente poderia comprar um DVD da dupla por 10ão. Com os outros 30 reais fazia um churrasco com os amigos.

Os fãs pouco se importaram e o coro que acompanhava as músicas era uníssono. Eu, particularmente, me diverti e cantei várias canções, já que o repertório da dupla é muito bom e empolgante. Fiquei decepcionado porque a estrutura do local é ridícula. Não sei se aqueles andaimes estão sempre ali, pois nunca tinha ido a um show naquele local, mas fiquei revoltado por todos que gastaram seu dinheiro para ver um show do conjunto Bruno, Marrone e os Andaimes.

Conversando com alguns seguranças do local, ficamos sabendo que a própria dupla se queixou da estrutura. Foi um dos shows mais bacanas que já assisti, mas no pior lugar para se fazer um show em Curitiba.