02 março 2010

Em busca da minha paz...

O meu amigo LG, nobre co-autor do meu outro blog, Diário Leite Quente, é especialista em participar de blogs. Lendo um de seus textos no Diga-me Quem te Informa resolvi repercuti-lo.

Lá, no mencionado texto, ele cita uma campanha pela Paz no Rio de Janeiro feita em 1995. De lá para cá, dando um auxílio aos inimigos da calculadora, já se passaram quase 15 anos. E em 15 anos muita coisa já deveria ter mudado. Há 15 anos, eu estava no auge da minha prá-adolescência (se é que ela existe). Jogava bola até tarde na cancha lá perto de casa, ao mesmo tempo que brincava de 31 (esconde-esconde para os piás de prédio) e pé na bola (também de alerta, quando as meninas insistiam).

Tentando driblar os assobios (assovios) do meu pai chamando para entrar para casa, por volta das 22h, entre uma investida ou outra nas amiguinhas da rua, eu mergulhava na paz que era o conjunto Solar, no Bacacheri. Um loteamento do BNH, que em 30 anos virou bairro nobre. Bairro nobre em que já não há tanta paz como outrora. A mesma pas que se pedia lá em 1995, ou em 1945, 85, e outros cincos lá para trás.

Se durante todo esse tempo a pedida paz não se tornou uma realidade (talve nunca se tornará) porque insistimos em pedi-la? Porque acreditar em algo que nos parece tão impossível?

Meu pai me disse certa vez que devemos nos permitir se indignar sempre. Essa indignação é que diferencia os homens dos animais. Se revoltar com o que esta errado é uma virtude. Não virar o rosto quando vê uam injustiça, não se calar diante da desiguladade (seja ela social, racial, etc), não se omitir. É bom, claro, não se deixar levar pela indignação pura, sem fundamento. Mas nunca deixar de se indignar, como dizia meu sábio pai.

A questão, na verdade, é porque não existe paz, se tdos a querem e tanto a procuram? Simplesmente porque a paz, embora não precisasse (na sua essência) deixa margens para diferentes intrepretações. A minha paz, nem sempre é igual a sua. Aliás, talvez eu nem saiba qual é essa minha paz. Talvez seja uma casinha, um carrinho, morar com minha patroa e os frutos que certamente virão, apertando as contas noa fim do mês para o orçamento fechar, mas sem abrir mão da carninha assada no fim de semana.

Ou não... Talvez seja muito mais que isso. Talvez nossa missão seja muito maior do que imaginamos que seria. Quem me provará isso? Nem eu sei. Mas a diferença é que me permito seguir o caminho que vier. Meu coração sempre me leva onde quer. Eu não questiono e vivo a intensidade da vida que me foi desenhada por mim mesmo.

Sempre em busca da minha paz, sem que para isso precise influenciar direto na paz do meu semelhante.

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