02 novembro 2007

três por um...

Virei um defensor dos motoristas de ônibus.

Donos de inúmeros casos e causos (direitos reservados para meus patrões da RPC TV hehehe), os motoristas são figuras por vezes cizudas e aparentemente de mau-humor, mas muitos se destacam pela simpatia e prosa fácil. Um deles, que dirige o bom e velho Solar, é uma figura rara. Sempre atento ao que acontece no mundo, fala sobre tudo com todos que se permitem uma conversa de passatempo. Conhece muitos dos passageiros pelos nomes e deixa todos em seus "pontos exclusivos", ou seja, pediu para parar, ele pára. Gente muito boa.

Mas enfim, conversava essa semana com o Alemão (não sei o nome dele, mas é um polaco com cara de Prudentópolis) e ele me contava as novas atribuições dos motoristas. Além de terem a obrigação de tocarem uma jornada dupla e simultânea de trabalho, afinal são motoristas e cobradores ao mesmo tempo, agora também são fiscais.

Isso mesmo. A nova tarefa em suas jornadas é fiscalizar se quem passa o cartão de isento nas roletas é mesmo alguem que necessite. É brincadeira isso. Para economizar (sem que a tarifa sofra qualquer tipo de redução em seu valor) os caras param o ônibus no ponto, abrem a porta, recebem o dinheiro, liberam a catraca. Fazem isso quantas vezes forem necessárias. Enquanto isso precisam fechar a porta, receber o dinheiro, liberar a catraca e dirigir.

De repente alguém passa o cartão de isento (que para quem ainda não percebeu, é facilmente indetinficável. Quando ele é encostado na roleta, dispara um sinal intermitente que logo em seguida confirma e liebra a catraca. Para usuarios a liberação é imediata). Então se o motirsta percebe algo diferente, precisa solicitar o cartão e anotar o número, para que a Urbs tome as medidas cabíveis.

Acumulo de três funções para um salário de aproximadamente R$ 800. É brincadeira um negócio desses.

Que se registre isso... e segue o baile.

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