05 setembro 2008

coisa linda...

Já falei sobre algo semelhante aqui, mas hoje reforço. Dia desses comentei sob a beleza da Praça Santos Andrade, no centro da nossa (pelo menos minha) amada Curitiba. Essa semana, num desses dias quentes de inverno (???) fui para meu intervalo diário de 15 minutos por volta das 18h30.

Comprei um saco de pipoca saudável (com uns pedaços de bacon que mais parecem lascas de leitão), pedi licença para um caboclo que estava sentado em um dos bancos e recostei meu latifúndio dorsal cansado para "preciar" a paisagem. E que paisagem bacana. Muita gente passava logo à minha frente. Gente de tudo quanto é tipo. Novo, véio, magro, gordo, bonita, gostosa, maloqueiro, crianças, cachorros, pombos e até uma ou outra formiga.

Por incrível que pareça - e que talvez vocês nem acreditem - dava para ouvir o silêncio de Curitiba. Verdade... no meio daquela hora do rush, o barulho da água caindo na cachoeira improvisada do lado da praça Carlos Gomes era ensurdecedor. Não aquele ensurdecedor de doer os ouvidos, mas sim aquele que contrastava com o farfalhar das árvores... Ou o que competia com o riso das crianças... ou o latido do cãozinho feioso.

Tudo ganhou uma cor mais Bonita. Naquela hora do dia onde tudo parece desenhado em cores de sépia, o colorido do início da noite curitibana massageou meus olhos e acalmou meu coração. Tenho orgulho da minha cidade e de poder sentar na praça para apreciar o movimento. Nem o malandro tentando me vender um relógio de procedência duvidosa e nem o malaco que rescendia piga e me pedia um trocado para um marmitex para a família tiram o brilho daquele fim de tarde qualquer.

Coisa linda...

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