18 janeiro 2009

o poder das novelas...

Nesta semana que passou terminaram duas novelas que eu vinha acompanhando há algum tempo. A primeira delas Pantanal, reprise oferecida pelo SBT aos brasileiros. A novela que revolucionou a dramaturgia brasileira e serviu a Globo de excelentes atores, terminou numa atípica terça-feira (pelo padrão global acostumamos a ver o último capítulo na sexta, com reprise no sábado).

Para os saudosistas, foi muito prazeiroso acompanhar novamente a novela de Benedito Ruy Barbosa, exibida anteriormente pela Manchete. Interpretações impecáveis como a do Zé Leôncio (Claudio Marzo) e do Tenório (Antônio Petrim) encheram os olhos dos espectadores. Uma das cenas finais, quando o personagemtadeu (Marcos Palmeira) e seu pai Zé Leôncio se reconciliam, me levaram às lágrimas.

Já na sexta-feira acabou a novela A Favorita. Comecei a assistir da metade para o final, principalmente porque todos ao meu redor assistiam. Foi bem bacana também, mas certamente sem o mesmo brilho e nem profundidade do Pantanal.

É impressionante a força que as novelas têm entre as pessoas. Um exemplo desse poder?

No sábado fui a uma pizzaria aqui perto para, obviamente, engordar mais um pouco. Conversando com as meninas que atendem no local recebi uma informação muito curiosa e interessante. Na sexta-feira, durante o horário da novela, um movimento extremamente anormal lotou as pizzarias da cidade. E olhem que na sexta o movimento já bem grande.

Como as "donas de casa" se negaram a cozinhar no horário da novela (claro que isso é uma suposição minha, considerando que o horario das 21h é atípico para jantares, ainda mais nas sextas) o movimento triplicou nos restaurantes. Tanto no balcão, quando pelo telefone. No balcão, mais de 90% das compras foi realizada por homens. As mulheres só pediram pelo telefone.

Eu gosto muito de novela. As classifico como um livro. É evidente que os folhetins são mais pobres e muito menos "cultos", mas não entendo muito bem o radicalismo de algumas pessoas que são contra as novelas.

Como telespectadores, as pessoas têm o maior poder de todos: o controle remoto. Não gostou, mude de canal. Tudo bem que o mundo é cruel e nem sempre tem algo que preste passando no outro canal, mas a liberdade de escolher o que quer assistir é uma vantagem que o espectador tem.

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3 comentários:

Anônimo disse...

Apenas completando o seu texto com mais informações curiosas sobre novela. Na praia de ipanema na sexta a noite estava meio que garoando, mesmo assim as pessoas tem o costume de sair para andar no calçadão, mas nesta sexta.. nenhuma alma viva andava pelo calçadão da praia, quando você olhava para as casas, estavam todos na sala assistindo ao ultimo capitulo da novela. Por quase 2 horas o calçadão ficou vazio.

Brown Eyed Girl disse...

Novela boua messs foi a do Juvenal Antena, ou Juvelóvs, como eu o apelidei.
=)

Arnaldo disse...

É...! Se não bastasse a TV, a modernidade nos "presenteou" com os sites de relacionamento virtual (orkut, msn, etc.), que promovem um verdadeiro "DESrelacionamento" com os amigos de verdade, aqueles de carne e osso do mundo real. Torna-se cada vez mais rara a conversa "olho no olho". O individualismo começa a imperar. Se não houver uma grande campanha de conscientização, partindo das famílias, da escola e da sociedade como um todo, parece muito sombrio o futuro da humanidade.