02 fevereiro 2009

fé...

Por formação religiosa familiar, sou católico apostólico romano. Confesso que não praticante com fervor, mas já tive meus dias. Época boa, infância feliz, catequese, coral infantil e festas juninas de igreja. Churrascão de domingo.

Aos poucos meu interesse e minha frequência nas igrejas diminuiu consideravélmente. A inúmera série de perguntas sem respostas e, principalmente, por não concordar 100% com algumas das doutrinas pregadas pelo catolicismo, me afastaram do convívio dominical com a igreja.

Minhas dúvidas sobre a real missão do catolicismo vão longe. Eu, por exemplo, sou quase um seguidor do Dan Brown, autor de O Código da Vinci e demais best-sellers. Acho que Jesus foi um homem comum, que conseguiu cativar, emocionar e deixar discipulos, tamanha sua fé e determinação. Mas que foi um homem, semelhante a nós (como a bíblia sempre fez questão de afirmar).

O pé atrás com o catolicismo não é só meu. Com o crescimento de outras religiões, as igrejas foram ficando cada vez mais vazias e a minha particularmente, São Pedro e São Paulo, no Tingui, bate recordes de desistência. Para se ter uma idéia, na minha época, as missas das 10h30 de domingo eram as mais concorridas. Parte de mim acredita que os fiéis iam só para me ver cantar as belas canções religiosas, mas a verdade é que a fé das pessoas era outra. Neste último domingo (e em outros que fui recentemente), a igreja estava vazia, com meia dúzia de gatos pingados).

Hoje o catolicismo é triste. Segue-se com o mesmo discurso de que temos que viver uma vida de penitência para pagarmos o que jesus sofreu por nós. É uma divida, que na minha opinião, pode ser paga de outra forma. Se tudo que prega a bíblia for verdade, considero o que jesus fez foi nos dar uma chance para vivermos melhor e com mais igualdade. Não para sofrermos e temermos a Deus.

Os padres de hoje em dia, salvo raras excessões, também não ajudam. Rezam a missa no mesmo ritmo que os antigos sacerdotes. Com o sotaque polonês e tudo. O sermão fala dos problemas da galiléia e não usam como exemplos as coisas do nosso dia-a-dia. Não há fé que resista. As músicas, por exemplo, também "pioraram". Tentam modernizar a coisa incluindo guitarras e amplificadores, mas cantam letras que, por vezes, tem trechos em latim (ou aramaico, sei lá).

Adoraria educar meus filhos com base no catolicismo, mas não sei não. Hoje, as vezes, me pego acreditando que a igreja só existe para manter a fé nos seus trilhos econômicos... "Quebre uma pedra, e eu estarei lá. Rache uma madeira, que estarei lá". Jesus, Deus ou a fé não precisam de uma "casa" para nos influenciar.

... ah, para quem acha que eu não acredito em Deus, quem mais teria "as moral" de fazer isso aqui embaixo? Não preciso dizer...Estive lá e comprovei que "o cara" é foda.


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2 comentários:

Anônimo disse...

Realmente eu não sei como anda a sua igreja, mas eu acho que vc esta precisando assitir uma missa na Santo Antonio(Boa Vista) domingão as 11 da manhã, para ver como esta interessante a missa, o Frei tem conseguido aumentar a participação da comunidade e recuperando fieis Perdidos... Devo admitir que fazia tempo que não via uma missa interessante.
E que isso fique apenas entre, nós... mas até mesmo o frei não concorda 100% com o vaticano... eheheh....

Brown Eyed Girl disse...

tem um padreco por aí.. não lembro o nome dele agora. A minha irmã chama de "padre gato" - só mesmo por causa da batina é que a gente diz que ele é sacerdote. saiu uma entrevista do fulano na última veja. Absurdo: o cara é um metros(tem dois s??)sexual e não tem vergonha de assumir... Jesus.
Ainda prefiro o popular padre Gabriel da Igreja dos Passarinhos, ele e sua mula, haha.